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DOR

Essas ondas que me puxam me fazem bem pra alma, me enchem os olhos, fazem meu coração palpitar.

Palpitações que me levam à reflexão. O que vem primeiro? Será que vou ao mar? Ou será que vou ao céu? Ao espaço? À imensidão azul?

Ou será que permaneço? Ou será que me escureço? Ou será que penso mais e enfim me esclareço?

Me mantenho em dúvida. Entre tantos devaneios, não sei mais o que dizer. Nem sei o que sentir.

Meus pensamentos se embranquecem. Porém me lembro de um menino. Se lembram dele? Aquele lá longe. Será que esta tão perto assim? Será que ainda brinca ou já cresceu? Já esqueceu do que é ser menino, do que é ser criança.

Será que lembra de tua rosa? Desculpe-me, mas ele já morreu. Em frente ao mar. Sobre a areia. Enquanto procurava solucionar o mistério da vida.

Dorme agora coberto pelas ondas

e pelo céu que habita, pelos astros que o assistem.

Por aqui a escuridão permanece.

A tristeza é tanta, mas será que há algo além disso? Há algo além do círculo fechado de estrelas que não deixa os meninos entrar?

Naqueles dias e noites, observavam as estrelas que lhes davam esperança.

Sim, há uma esperança, há um caminho, vamos à eles. Buscando incessantemente, lançamos nossos corpos ao mar, fugindo da guerra que lança-os ao chão.

De um passado que os trouxe a guerra.

E o futuro que os leva à ela.


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